O olho também é um órgão que pode se atacado pelo câncer. É uma doença rara e de prognóstico desfavorável se for diagnosticado em fase avançada. Realizar exames oftalmológicos periódicos e estar atento aos sintomas podem salvar sua vida. Quanto mais rápido for descoberto, maiores serão as chances de cura.
A maioria dos tumores oculares em adultos são secundários ou metastáticos. Se iniciam em outras partes do corpo como próstata, mama, pulmão, rim e se espalham pelo organismo através da corrente sanguínea e sistema linfático até as estruturas do olho.
O melanoma e o retinoblastoma, constituem os tipos mais frequentes e são considerados tumores primários (intraoculares), que se originam a partir dos tecidos oculares.
O melanoma de coroide, é o tipo mais frequente de câncer ocular. Trata-se de um tumor maligno mais comum em adultos com mais de 40 anos e que pode atingir diferentes estruturas dos olhos, desde as pálpebras, até estruturas internas, como a íris, e que se não for tratado corretamente, pode se espalhar por outros órgãos do corpo, como fígado e pulmão. Na maioria das vezes é assintomático, mas também podem se manifestar com alterações visuais. Os sintomas mais comuns são: redução da capacidade visual, sombras na vista, dor local e olhos vermelhos.
Esse tipo de tumor não é visível a olho nu, sendo necessário dilatar a pupila e examinar o olho com equipamentos especiais para diagnosticá-lo.
Um outro tipo de tumor no olho é o retinoblastoma, um tumor maligno intraocular, que na maioria dos casos acomete crianças de até cinco anos de idade. Os índices de cura são altos, mas para que o tratamento tenha menos efeitos colaterais e complicações, o diagnóstico precoce é fundamental.
O sintoma mais comum do retinoblastoma é o reflexo pupilar branco. Fique atento, pois pupila branca nas fotos podem ser sinais da doença.
Uma pequena parcela dos tumores malignos (10%), são considerados hereditários, mas a maioria está relacionada a causas desconhecidas e exposição a fatores ambientais (tabagismo, hábitos alimentares, infecções, exposição solar etc.)
Tratamento:
O objetivo do tratamento é controlar a lesão tumoral, preservando o olho, a visão, além dos tecidos sadios próximos. A escolha do tratamento depende de vários fatores como o tamanho e localização da lesão, se a doença é unilateral ou bilateral, se é intraocular ou extraocular, da idade do paciente, saúde geral, etc. Basicamente o tratamento combina quimioterapia e tratamento oftalmológico com laserterapia ou crioterapia. Para lesões pequenas e sem atividade, a recomendação é a observação.
A retirada do globo ocular (enucleação), ocorre apenas nos casos de tumores muito grandes e com ausência de visão no olho comprometido.
Como a doença costuma ser assintomática, e o diagnóstico precoce é um fator determinante para o sucesso do tratamento, é fundamental consultar regularmente um oftalmologista e realizar exames periódicos.