
O dia nacional de doação de órgãos, instituído pela lei nº 11.584/2.007, visa conscientizar a sociedade sobre a importância da doação e incentivar a conversa entre as famílias. Hoje, direcionamos o olhar para a relevância da doação e transplante de córnea.
Dentre os órgãos passíveis de doação, a córnea desempenha um papel muito importante na formação da visão e, por isso, é crucial para a recuperação da visão de alguns pacientes. A córnea é uma estrutura transparente localizada na região anterior do globo ocular, sendo uma das responsáveis pela acuidade visual e proteção do olho.
Conhecida como ceratoplastia, o transplante de córnea é um procedimento em que a córnea saudável de um doador falecido é removida cirurgicamente e transplantada para um receptor em tratamento para recuperar a visão.
Quem pode doar?
Quando em vida, a doação de córnea não é permitida por lei, sendo necessária a autorização da família após o falecimento.
Podem ser doadores pessoas que tiveram morte cerebral ou por parada cardíaca, com idades iguais ou entre 2 e 80 anos e que não possuam doenças como:
HIV (AIDS)
Hepatites B e C;
HTLV 1 e 2
Raiva
Doenças linfo proliferativas crônicas
Doenças infecciosas ativas no organismo
No Brasil, além da aprovação familiar, não há garantias efetivas que possam expressar a vontade do doador. Por isso, é importante que a pessoa que tenha interesse em doar, converse abertamente sobre o assunto com a família.
Quem irá receber?
Não é possível escolher quem irá receber. A doação é feita seguindo uma lista de espera regulada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que possui critérios como urgência, tempo de espera e compatibilidade.
O transplante pode ser indicado para pacientes que possuam problemas relacionados a curvatura da córnea, como ceratocone, leucomas corneanos, ceratopatia, entre outros.
Também pode ser indicado em casos de perda na transparência e regularidade, assim como, alguns tipos de trauma ocular.
Todo o processo de doação é feito através de bancos de olhos, seguindo normas médicas internacionais e técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Dessa forma, é garantido o correto controle de qualidade dos tecidos oculares doados, não havendo risco para transmissão de doenças.
O transplante ocorre com uso de anestesia, num procedimento indolor e sem necessidade de internação hospitalar.
A doação de córnea é um ato de extrema importância, que permite que pessoas com problemas visuais graves tenham a oportunidade de enxergar novamente. Para muitos pacientes, a ceratoplastia é a única esperança para recuperar a visão ou evitar a cegueira.
Além disso, o procedimento de remoção da córnea do doador é simples e emprega técnicas cirúrgicas que não causam nenhuma mudança estética no corpo.
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